As primeiras ideias de impressora 3D surgiram nas décadas de 80 no Japão e em 1984 Chuck Hull criou a primeira impressora 3D na Califórnia. Na mesma década ele patenteou a invenção e inaugurou a primeira empresa de impressão 3D no mundo: a 3D Systems.
Com o passar do tempo, outras empresas e tecnologias de impressão 3 D surgiram e essa tecnologia recebeu o reconhecimento de universidades e outras organizações.
Até a década de 90 eram necessários milhões de dólares para comprar uma impressora, mas em 2021 a Solid Dimension desenvolveu a primeira impressora 3D desktop e abriu o caminho para uma tecnologia mais avançada e com valor mais acessível.
Ela vem sendo utilizada cada vez mais em diferentes áreas e profissionais da engenharia, educação, medicina, design, entre outros, têm podido se beneficiar dessa importante ferramenta.
A projeção é de que até 2025 serão movimentados mais de 42 bilhões de dólares em impressão 3D.
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O que é a impressão 3D?
Chamada de manufatura aditiva ou Fused Deposition Modeling (FDM) – modelagem por fusão e depósito – é um processo de fabricação de objetos físicos a partir de um modelo digital. Por ter revolucionado os processos tradicionais de manufatura passou a ser considerada um pilar da quarta revolução industrial.
Há diferentes tipos de máquinas de impressão 3D, sendo o mais comum o funcionamento da adição de materiais, camada sobre camada, para a fabricação de um objeto.
A impressão 3D
É necessário ter um projeto 3D para fazer uma impressão. O primeiro passo da criação é o desenvolvimento do objeto no computador com a ajuda de um software de edição em três dimensões.
É importante saber que existem diferentes tipos de impressão, sendo os mais comuns FDM / FFF (filamento fundido), SLA (resina líquida) e SLS (pó sintetizado).
Segundo pesquisa realizada pela Statista em julho de 2018 as impressoras 3D FDM são responsáveis por 69% do mercado mundial, pois o seu uso é fácil e acessível. A SLA (Estereolitografia) é responsável por 15% do mercado mundial é muito usada para impressões a base de resina. Já a SLS (sintetização seletiva a laser) representa 12% do mercado mundial de impressão 3D e apesar de ser mais versátil exige uma maior complexidade na operação e um maior custo se comparado às outras duas tecnologias apresentadas anteriormente.
O custo de impressão de uma peça pode variar muito e pode custar desde poucos centavos até milhares de reais, dependendo do que se quer imprimir e da tecnologia que será utilizada na impressão.
Os custos principais de impressão são: equipamento, matéria prima, energia elétrica e pós-processamento já que algumas tecnologias exigem a limpeza da peça, sendo necessário gastar com ferramentas e produtos.
Os passos para a impressão são:
1ª Etapa: Salvar o modelo 3D em arquivo em extensões específicas que sejam compatíveis com softwares de impressão 3D;
2ª Etapa: Abrir o arquivo em um software fatiador, configurar os parâmetros de camadas impressão do objeto 3D;
3ª Etapa: Enviar o arquivo configurado no fatiador para a impressora 3D para que a fabricação/impressão da peça final seja realizada.
O tempo de impressão varia de acordo com alguns fatores como: tamanho, preenchimento, resolução da camada e geometria da peça. Sem contar que o modelo da impressora e a tecnologia utilizada também influenciam no tempo gasto para a impressão.
Com a rápida evolução tecnológica, hoje em dia é possível imprimir quase tudo em uma impressora 3D, inclusive armas de fogo, órgãos do corpo humano e exoesqueletos para pessoas com deficiência motora.
Como em toda inovação, há pontos que precisam ser discutidos e regulamentados, pois se for mal utilizada poderá trazer sérios problemas para a sociedade como a impressão de armas de fogo que poderão ser usadas por qualquer pessoa.
Em 2021, o governo de Singapura criminalizou a impressão 3D de armas de fogo sem licença e aprovou o Projeto de Lei de Controle de Armas e Explosivos. Nele há a proibição dos residentes do país terem projetos digitais para armas de fogo que podem ser impressas em 3D sem uma licença adequada.
Em agosto de 2022, um homem foi preso no Brasil por fabricar peças para armas em impressora 3D.
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Entretanto, há muitos pontos positivos do uso das impressoras 3D com a popularização dessa tecnologia. Por exemplo, a medicina já começou a fazer uso de peças impressas para salvar vidas com a impressão de próteses personalizadas para serem usadas na reposição de partes do corpo doentes e retiradas em cirurgias.
As múltiplas aplicações das impressoras 3D têm despertado interesse social, econômico, acadêmico e com interesses diversos há também diferentes riscos e impactos e, por isso é necessário um debate amplo para avaliar os princípios que deveriam servir de regulação para o uso da tecnologia das impressoras 3D.
É importante buscar princípios éticos para que pessoas e empresas possam estar protegidas de possíveis abusos no uso dessa tecnologia. Esses princípios precisariam ser permeados pela discussão com a sociedade e governos para que ocorra uma regulamentação de alguns usos de impressoras 3D para garantir a segurança da sociedade.
