Fechado desde 2013, o Museu do Ipiranga, vinculado à USP desde 1963, reabriu para o público no dia 08/09/22 para celebrar os 200 anos da independência do Brasil. 

As obras de restauração custaram por volta de 200 milhões de reais e muitos recursos tecnológicos foram implantados para deixar a visita ao museu mais imersiva e com mais ferramentas que garantem a acessibilidade. 

Não apenas a restauração do prédio e das obras foi priorizada, mas a preocupação com a acessibilidade precisou ser pensada e inserida, pois 

na época em que o então Museu de História Natural, fundado em 07 de setembro de 1895, esse tema não fazia parte das preocupações da sociedade.

A partir de agora, pessoas que não moram em São Paulo poderão acessar um acervo de obras virtuais disponíveis no novo site oficial do museu. Assim, mesmo distantes da capital paulista também poderão conhecer mais da história do país e da independência do Brasil por meio do acesso ao site.

Será possível também adquirir ingressos para visitar o museu. Recurso esse que antes não estava disponível.

Diversas telas multimídias com muitas informações históricas e curiosidades sobre as exposições e obras estão espalhadas pelo museu. Todas com tradução em libras, legendas e audiodescrição.

Por volta de 300 materiais multisenssoriais ajudarão a melhorar a experiência da visita das pessoas com deficiência visual. Para isso, diversas técnicas foram utilizadas para proporcionar essa vivência como telas táteis, maquetes tridimensionais e reproduções em metal que permitirão o toque.

O conhecido quadro Independência ou Morte do artista brasileiro Pedro Américo ganhou uma reprodução tátil que separa em 3 os grupos de personagens presentes na obra, permitindo que essa versão seja tocada. Além disso, haverá legendas em braile para que as obras sejam compreendidas.

 

Elevador e escada rolante também foram instalados no museu para garantir uma melhor acessibilidade para as pessoas com mobilidade reduzida.

 

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Os nove anos fechados também possibilitaram que todo o museu fosse digitalizado tridimensionalmente, criando assim um gêmeo digital ou uma réplica precisa que será atualizada em breve, pois um primeiro escaneamento foi feito com o prédio vazio e será repetido com o museu pronto.

Tanto o prédio do museu quanto o Parque da Independência foram digitalizados. Para isso foram usados scanners a laser para capturar as imagens internas e drones fizeram as imagens externas.

Por meio dos pontos captados foi feita uma modelagem 3D com o uso de dados obtidos com softwares de engenharia e arquitetura. Esses dados deram origem a um modelo digital que pode auxiliar em futuros reparos preventivos.

Além disso, futuramente 50 obras, que já foram selecionadas, passarão por esse processo de digitalização. Elas foram escolhidas devido ao seu valor histórico.

O uso dessa tecnologia permitirá, além de guardar parte importante da história do Brasil, visitas virtuais, desenvolvimento de jogos, atividades educacionais imersivas e impressão 3D. Essa tecnologia já é utilizada por algumas empresas na gestão dos seus negócios e há também um projeto de digitalizar a Terra com a finalidade de monitorar as mudanças climáticas.

 

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É cada vez maior o desafio de desenvolver ambientes virtuais que possam usar os dados digitalizados obtidos para que, por exemplo, pessoas possam acessar o museu utilizando celulares que mostrarão detalhes do museu, podendo o visitante girar o celular para ver tanto o prédio quanto as obras.

 

Será possível também desenvolver games ou apps que poderiam, por exemplo, ser usados por deficientes visuais, pois uma obra poderia ter uma impressão 3D e essa peça poderia ser tocada.

Assim, cada vez mais a tecnologia e suas infinitas possibilidades vem se tornando aliadas na preservação do passado e das memórias e propiciando que mais pessoas possam ter experiências transformadoras.

 

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